sexta-feira, 31 de maio de 2013
Havia, há muitos e muitos anos, uma enorme floresta verde onde o ar era
puro e os bichos andavam despreocupados. Nesta floresta, vivia um
indiozinho chamado Uirá e toda sua família. Uirá gostava de acordar
cedo, junto com o sol,
e
correr pela mata. Quando tinha fome pegava uma jangada e ia pescar.
Nunca pegava além do que precisava para comer. Tinha, todos os dias,
frutas, legumes, verduras e peixes em abundância. Uirá era um menino
muito feliz.

Um dia, ouve um grande estrondo vindo de longe. O indiozinho e seus familiares nunca tinham ouvido aquele
som. Acharam que era sinal de alguma coisa, mas não sabiam do que.
Ajoelharam-se e rezaram. 'Que o Deus Trovão nos proteja!'
No dia seguinte, o ruído ficou mais alto. No outro,
ainda mais. E então viram, de longe, o que causava aquele barulho. Algo
que vinha do mar e eles nunca tinham visto antes. Seria um bicho? Seria
um Deus? O que era aquilo grande e barulhento que se aproximava mais
rápido do que qualquer índio podia nadar?
Aquilo era um navio que atravessou todo o mar e atracou ali, naquela
praia, no meio daquela floresta verde, em um dia de sol. De dentro do
navio saíram pessoas. E estas pessoas eram muito diferentes dos índios.
Os índios perceberam quem parecia ser o cacique daquela tribo. Era um homem muito muito branco que viera do outro lado do mar. Parecia ser o dono de tudo. E parecia querer ser o dono deles também.
O homem muito muito branco reparou que os índios andavam nus. E disse:
'vocês tem que se vestir!' E os índios acharam muita graça naquilo de
ter que se vestir. Mas o homem muito muito branco disse que as roupas
eram bonitas e elegantes e que eles se sentiriam bem. E então os índios
começaram a usar roupas. Uirá, o indiozinho, ganhou um short amarelo da
cor do sol e gostou de sua roupa.
No outro dia, o homem muito muito branco pediu que construíssem uma
mesa. Em cima dela, pôs uma imagem. Disse que todos deveriam se ajoelhar
e rezar junto com ele, agradecendo a Deus a dádiva da vida. Uirá e sua
família gostaram muito disto de agradecer a dádiva da vida. Sempre
agradeciam a Tupã e todos os outros deuses por suas vidas, seus
alimentos, seus animais. Uirá e os outros índios eram muito espertos e
sabiam que não im
porta o nome do Deus. O importante é a fé, e por isso ajoelharam-se e rezaram junto ao homem muito muito branco.

O homem muito muito branco disse que apenas legumes, verduras, frutas e
peixes não faziam uma refeição decente. Ensinou-lhes a comer diferentes
tipos de carne. E os índios gostaram muito de descobrir novos sabores.
Um dia o homem muito muito branco achou que as ocas nas quais viviam
não eram confortáveis o suficiente. E tratou de mudar tudo: pôs todas as
ocas abaixo e começou a construir edifícios. Com o passar do tempo, os
edifícios foram ficando cada vez mais altos.
Uirá e sua família começaram a ficar inquietos. Sentiam-se estrangeiros em sua própria terra. O
homem muito muito branco disse que deveriam se mudar, e mandou todos os
índios para longe dali. Tristes, Uirá e seus familiares arrumaram suas
coisas e deixaram para trás sua morada.
O tempo foi passando. O homem muito muito branco foi mudando cada vez
mais coisas - a língua, a religião, os hábitos alimentares tinham sido
pouco. O homem muito muito branco queria mudar tudo. Eventualmente,
conseguiu.
Até que um dia, o homem muito muito branco ficou doente. Doente de uma
doença que ninguém sabia o que era. Chamaram médicos, especialistas do
mundo todo vieram vê-lo. Ninguém sabia o que ele tinha. Desesperado, o
homem muito muito branco pediu que procurassem pelos índios e lhe
trouxessem o pajé. E assim foi feito.
Quando chegou, o pajé examinou e disse: 'tem cura'. Todos ficaram numa
felicidade que só, principalmente o homem muito muito branco. Mas então o
pajé disse:' mas para você se curar, tem que vir conosco.' O homem
muito muito branco teve receio, mas sabia que não tinha outro jeito. Foi com o pajé para a tribo dos índios.
Uirá e seus familiares não tinham mais uma grande floresta verde.
Tinham um pequeno pedaço de terra no qual se esforçavam para manter viva
sua cultura. Quando chegaram, o pajé disse: 'viva do nosso jeito'. O
homem muito muito branco achou que ele estivesse zombando dele, mas não.
Ele falava sério. E como o homem muito muito branco estava doente,
tratou de obedecer.
O homem muito muito branco voltou a respirar ar puro. A comer apenas
legumes, verduras e frutas frescos. Comia muito peixe, e carne em
ocasiões especiais. As roupas que usava eram folgadas e confortáveis.
Voltou a andar descalço, brincar na areia. Voltou a correr e rir junto
com Uirá e os outros curumins. Em pouco tempo, o homem muito
muito branco estava completamente sadio e podia voltar para casa.

Então o homem muito muito branco voltou para casa. E, ao perceber o que
era a sua casa, chorou. Ele havia destruído a floresta verde, havia
sujado rios e mares, havia matado animais para fabricar sapatos e
casacos, havia sido ganancioso ao extremo.
Hoje, o homem muito muito branco tenta reconstruir a floresta. Planta
novas árvores, limpa os rios, trata bem dos animais. E ensina a todos o
que aprendeu. Tudo o que fazemos, tem consequência. Só existe uma terra,
só existe a certeza de uma vida, só existe uma quantidade limitada de
água. Se não tratarmos direito dos nossos bens, logo não os teremos.
E é por isso que o homem muito muito branco agora vai para os quatro
cantos do mundo ensinando os outros a cuidar melhor do nosso planeta.
Quando alguém diz que não sabe o que fazer, como cuidar da Terra, ele
sorri. E então diz: 'na dúvida, faça como um índio faria!'
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