sexta-feira, 31 de maio de 2013
Lorota era
uma minhoca engraçada, que tinha uma porção de amigos. Vivia, como todas
as outras minhocas, embaixo da terra. Gostava de fazer túneis no
subsolo, e sentir o ar entrando entre as brechas. Cavava o dia inteiro e
divertia-se muito fazendo isto. Mas Lorot
a tinha uma coisa diferente das outras minhocas. Lorota nunca subia à superfície.
Todas as minhocas cavavam seus túneis, mas subiam sempre. Passeavam nos parques, pegavam um solzinho, tomavam banho de chuva... Adoravam a vida na superfície. Só Lorota que vivia enfurnada debaixo da terra.
Não tinha sido sempre assim, claro. Lorota já tinha subido algumas vezes, para ver se tudo o que diziam era verdade. Mas Lorota não deu sorte: todas as vezes em que subiu à superfície, alguma coisa aconteceu.
Na primeira vez, um susto grande. Mal Lorota colocou o rosto para fora da terra... ziiiiiiiuuuummmm!!! Uma menininha passou zunindo de patins e quase a atropelou! O coraçãozinho da pobre minhoca batia tão forte que ela achou que fosse ter um treco! Voltou correndo para baixo da terra!
Passados alguns meses, refeita do susto, Lorota decidiu tentar outra vez. Subiu à superfície e...ficou encantada com o que viu! No parque arborizado, as crianças corriam felizes, fazendo uma gostosa algazarra. Lorota olhava distraída as pipas no céu quando percebeu, tarde demais, uma sombra. Um enorme pássaro a abocanhou e saiu voando. 'Ai meu Deus! Vou virar comida de passarinho!', Lorota pensava. O pássaro, de fato, a jogou dento de seu ninho, onde os filhotes
esperavam
ansiosos por uma refeição. Mas Lorota foi mais rápida que eles:
conseguiu, ainda no ar, dar uma cambalhota. Foi parar embaixo do ninho,
onde ficou escondida até passar o perigo. Depois, desceu pela árvore e
correu para baixo da terra, jurando nunca mais subir à terra.
A minhoca conseguiu cumprir esta promessa durante alguns anos. Até que, num período de seca, estava com muita sede. A terra estava árida, e ela sentia uma enorme necessidade de molhar-se. Resolveu arriscar mais uma vez.
Era um dia realmente quente. Os termômetros passavam dos quarenta graus. Quem podia, estava na praia. Quem não podia, estava com o ar-condicionado ligado. Todo mundo tentando amenizar o calor. Lorota subiu à superfície e foi tomada por um ar quente que nunca sentira antes. Debaixo da terra não era tão quente quanto em cima, mas ela estava decidida a buscar um pouco de água para se refrescar. Só que, infelizmente, Lorota não conhecia a superfície.
A pobre minhoca não sabia nem por onde começar! Tinha saído no mesmo parque que da outra vez. Mas as folhas estavam secas, feias, torradas pelo sol. No parque deserto, nenhuma sombra. Não tinha a alegria de antes. E Lorota não sabia qual direção tomar. 'Sempre em frente!', pensou, e traçou uma linha reta imaginária. Seguiu seu rumo. Adiante, sempre.
Lorota não podia saber o que era aquilo. Nunca tinha estado na superfície por tempo suficiente para saber do que se tratava. E quando soube, já era tarde demais.
A minhoca foi andando sempre em frente, até alcançar uma trecho de asfalto. C
om
o calor que fazia, o asfalto borbulhava. Virou uma grande chapa
fervendo. E a pobre minhoquinha, ao notar isto, estava no meio desta
chapa, sem ter para onde correr!
O sol denunciava: meio-dia! Estava em todos os lugares, em todo o seu esplendor e fervor. Lorota sentia-se derretendo de calor. Suas forças fugiam. 'Bonito!'- pensou – 'depois de me esconder por tanto tempo, subo à superfície para virar minhoca frita!'
Quanto mais tentava correr, mais fraca se sentia. Quis chorar, mas nem para isso tinha forças. Torcia para que algum pássaro a visse. Teria, pelo menos, alguma chance de fugir...
Lorota já estava no auge do seu desespero quando ouviu um zumbido. Olhou para o alto e viu um pequeno ser. Gritou – ou melhor, tentou dar um grito, mas estava tão fraquinha que sua voz foi pouco mais que um sussurro:
- Socorro! Socorro!
Iuri, o vaga-lume que passava ali a caminho de um brunch, pensou estar sonhando. O que fazia uma minhoca estatelada no meio do asfalto? Parecia estra fritando, a coitadinha! Voou para cima dela:
- Precisa de uma ajudinha aí, colega?
- Por favor... estou fritando! - Tô vendo...
Iuri conseguiu enlaçar Lorota e a tirou dali. Ela estava tão fraca que mal se movia. Completamente desidratada, estava zonza, a ponto de desmaiar. Iuri voou com ela até uma poça d'água e a jogou lá dentro. Em questão de minutos a minhoquinha estava se sentindo bem melhor.
- Obrigada. Não sei nem como te agradecer!
- Que isso!
- Não, sério. Tem alguma coisa que eu possa fazer?
- Bom, eu tô indo sozinho para um aniversário, seria bom ter uma companhia...
- Está bem, eu vou. Contanto que você fique de olho para eu não fritar de novo!
- Combinado!
Lorota e Iuri tornaram-se grandes amigos. Deste dia em diante, a vida de Lorota mudou. Quando queria ir à superfície, fazia um sinal. Iuri ia esperá-la sempre no mesmo lugar. Um tomava conta do outro e nunca tinham problemas. Lorota venceu o medo da superfície. Afinal, quando temos um amigo para nos ajudar, fica mais fácil de enfrentarmos todos os nossos medos, por maior que eles sejam.

Todas as minhocas cavavam seus túneis, mas subiam sempre. Passeavam nos parques, pegavam um solzinho, tomavam banho de chuva... Adoravam a vida na superfície. Só Lorota que vivia enfurnada debaixo da terra.
Não tinha sido sempre assim, claro. Lorota já tinha subido algumas vezes, para ver se tudo o que diziam era verdade. Mas Lorota não deu sorte: todas as vezes em que subiu à superfície, alguma coisa aconteceu.
Na primeira vez, um susto grande. Mal Lorota colocou o rosto para fora da terra... ziiiiiiiuuuummmm!!! Uma menininha passou zunindo de patins e quase a atropelou! O coraçãozinho da pobre minhoca batia tão forte que ela achou que fosse ter um treco! Voltou correndo para baixo da terra!
Passados alguns meses, refeita do susto, Lorota decidiu tentar outra vez. Subiu à superfície e...ficou encantada com o que viu! No parque arborizado, as crianças corriam felizes, fazendo uma gostosa algazarra. Lorota olhava distraída as pipas no céu quando percebeu, tarde demais, uma sombra. Um enorme pássaro a abocanhou e saiu voando. 'Ai meu Deus! Vou virar comida de passarinho!', Lorota pensava. O pássaro, de fato, a jogou dento de seu ninho, onde os filhotes

A minhoca conseguiu cumprir esta promessa durante alguns anos. Até que, num período de seca, estava com muita sede. A terra estava árida, e ela sentia uma enorme necessidade de molhar-se. Resolveu arriscar mais uma vez.
Era um dia realmente quente. Os termômetros passavam dos quarenta graus. Quem podia, estava na praia. Quem não podia, estava com o ar-condicionado ligado. Todo mundo tentando amenizar o calor. Lorota subiu à superfície e foi tomada por um ar quente que nunca sentira antes. Debaixo da terra não era tão quente quanto em cima, mas ela estava decidida a buscar um pouco de água para se refrescar. Só que, infelizmente, Lorota não conhecia a superfície.
A pobre minhoca não sabia nem por onde começar! Tinha saído no mesmo parque que da outra vez. Mas as folhas estavam secas, feias, torradas pelo sol. No parque deserto, nenhuma sombra. Não tinha a alegria de antes. E Lorota não sabia qual direção tomar. 'Sempre em frente!', pensou, e traçou uma linha reta imaginária. Seguiu seu rumo. Adiante, sempre.
Lorota não podia saber o que era aquilo. Nunca tinha estado na superfície por tempo suficiente para saber do que se tratava. E quando soube, já era tarde demais.
A minhoca foi andando sempre em frente, até alcançar uma trecho de asfalto. C

O sol denunciava: meio-dia! Estava em todos os lugares, em todo o seu esplendor e fervor. Lorota sentia-se derretendo de calor. Suas forças fugiam. 'Bonito!'- pensou – 'depois de me esconder por tanto tempo, subo à superfície para virar minhoca frita!'
Quanto mais tentava correr, mais fraca se sentia. Quis chorar, mas nem para isso tinha forças. Torcia para que algum pássaro a visse. Teria, pelo menos, alguma chance de fugir...
Lorota já estava no auge do seu desespero quando ouviu um zumbido. Olhou para o alto e viu um pequeno ser. Gritou – ou melhor, tentou dar um grito, mas estava tão fraquinha que sua voz foi pouco mais que um sussurro:
- Socorro! Socorro!
Iuri, o vaga-lume que passava ali a caminho de um brunch, pensou estar sonhando. O que fazia uma minhoca estatelada no meio do asfalto? Parecia estra fritando, a coitadinha! Voou para cima dela:
- Precisa de uma ajudinha aí, colega?
- Por favor... estou fritando! - Tô vendo...
Iuri conseguiu enlaçar Lorota e a tirou dali. Ela estava tão fraca que mal se movia. Completamente desidratada, estava zonza, a ponto de desmaiar. Iuri voou com ela até uma poça d'água e a jogou lá dentro. Em questão de minutos a minhoquinha estava se sentindo bem melhor.
- Obrigada. Não sei nem como te agradecer!
- Que isso!
- Não, sério. Tem alguma coisa que eu possa fazer?

- Bom, eu tô indo sozinho para um aniversário, seria bom ter uma companhia...
- Está bem, eu vou. Contanto que você fique de olho para eu não fritar de novo!
- Combinado!
Lorota e Iuri tornaram-se grandes amigos. Deste dia em diante, a vida de Lorota mudou. Quando queria ir à superfície, fazia um sinal. Iuri ia esperá-la sempre no mesmo lugar. Um tomava conta do outro e nunca tinham problemas. Lorota venceu o medo da superfície. Afinal, quando temos um amigo para nos ajudar, fica mais fácil de enfrentarmos todos os nossos medos, por maior que eles sejam.
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