sexta-feira, 31 de maio de 2013
Tinha passado o dia das crianças e todos tínhamos ganhado presentes. Eu
ganhei livros dos meus pais, e ganhei outras coisas também. Minha tia
me deu um caminhão que andava sozinho, empinava a parte da frente,
tocava uma sirene. Um barato! E aí o Luca disse que tinha ganhado um
brinquedo que era uma rampa para você colocar os carrinhos. E nós
ficamos pensando se será que dava para colocar o caminhão na tal da
rampa.
Dissemos que queríamos nos encontrar e as mães logo ajeitaram tudo. As
mães são a minha, a do Luca, a da Carol e a do Enzo. Minha mãe e minhas
tias. Que não são minhas tias de verdade, mas que são como se fossem,
porque minha mãe diz que família a gente tem a de sangue, e tem a de
coração. E eu curto um bocado sair com

No dia em que nós marcamos, fomos todos para a casa do Luca. A Ana, que
toma conta dele, estava lá. E aí a mãe do Luca falou assim:
- Ana, você acha que dá conta das crianças para nós sairmos um instantinho?
E a Ana disse que dava conta, sim, Dona Juliana, de tomar conta da gente.
E é claro que ela dava conta! De pequenininho, mesmo, só tinha a Lara!
Minha irmã é mais nova que a gente, e a única que ainda usa fraldas. Nós
todos já sabemos ir ao banheiro e sabemos nos comportar muito bem,
imagina! Não iríamos dar trabalho nenhum!
Ficamos no chão da sala sentados com nossos brinquedos novos. Eu, com
meu caminhão. O Luca, com a rampa e os carrinhos. Enzo levou um carro
conversível. A Carol levou uma Barbie, e a Larinha uma boneca que dava
cambalhotas dizendo 'mamãe'.
Colocamos a Barbie dirigindo o carro esportivo – ela não tinha muita
pinta de andar em caminhão, Carol disse. Daí prendemos uma fita no
caminhão, que puxava o carro. E ia o comboio subindo a rampa, até que no
alto capotavam e caíam. Era muito, muito engraçado! Fizemos isto
milhares de vezes, rindo muito. Só a Larinha que não ligou muito, mas a
Ana ficou brincando com ela e ela nem reclamou.
Estávamos distraídos na nossa brincadeira quando a Ana disse:
- Tenho que trocar a fralda da Lara. Vou ajeitar um lachinho para vocês. Vocês comam bonitinhos enquanto eu cuido da neném, está bem?
- Está bem! - respondemos todos.
A Ana colocou pãezinhos e biscoitinhos e suco na mesa e nos chamou.
Sentamos os quatro, dois de cada lado da mesa da cozinha. Bem no meio da
mesa, tinha um prato com uns pedacinhos de um pão quadrado e cheiroso.
- O que é isto? - Enzo perguntou?
- Foccacia – o Luca respondeu. - Meu pai que fez.
- E este negócio verde aqui. Não é orégano! - eu disse, porque conheço e adoro o sabor do orégano.
- É alecrim – Luca explicou.
- Ah, não é mesmo! - A Carol disse. Alecrim é dourado!
- Não é não! É verde, olha aí! - Luca retrucou.
- Alecrim é dourado! - disse a Carol. Você não sabe?
- Alecrim é dourado mesmo – Enzo continuou. Eu também sei disto.
- Eu também lembro de alecrim ser dourado – concordei.
- Mas aqui é verde – Luca disse.
- Na Galinha Pintadinha é dourado! - a Carol prosseguiu.
- É mesmo! - concordamos todos.
- Será que a gente consegue fazer este alecrim ficar dourado? - Enzo perguntou?
- Como? - o Luca quis saber.
- Acho que se colocar no forno fica dourado. O frango fica! - eu disse, lembrando da minha mãe dizendo que ia dar uma dourada no frango ao colocá-lo no forno.
- No microondas é mais rápido, né? - Carol opinou.
- É – dissemos os três.
- Vamos tentar! - sugeriu Enzo.
- Pega aí o alecrim – disse o Luca.
Eu e a Carol catamos todos os galhinhos de alecrim que tinha em cima da
foccacia e demos para o luca. Ele pegou o pratinho dele, de inox, que
tinha escrito ' Luca ' na borda e vinha com um desenho de um leão.
Colocou todos os galinhos bem espalhados e disse:
- Pronto, vamos lá!
A Carol abriu a porta do microondas e o Luca colocou o pratinho lá dentro.
- E agora? - perguntei.
- E só apertar 'mais um! - disse o Enzo, apertando uma tecla com o número 1.
Ficamos olhando para ver o que aconteceria. Será que conseguiríamos ter o alecrim dourado, igual na musiquinha?
Não precisamos esperar quase nada. Em um segundo, ouvimos um barulho. Levamos um susto e corremos para sala. Foi a nossa sorte.
O alecrim não ficou dourado, mas a cozinha do Luca, sim. Dourado, cor
de fogo mesmo. O tal pratinho de inox explodiu dentro do micrrondas, foi
um barulhão e um fogo que queimou até o teto! A Ana apareceu na mesma
hora, com a Lara no colo, desesperada. Correu, jogou um balde d'água em
tudo. Tudo aconteceu tão, tão rápido, que quando vimos já tinha queimado
e apagado. Levamos uma bronca tremenda e ficamos de castigo um tempão.
Só a Lara escapou.
Isto aconteceu ano passado. Depois do dia das crianças, este ano,
pedimos para nos encontrar, e as mães deixaram. Mas ficaram todas as
mães e todos os pais do nosso lado o tempo todo. Vigiavam a gente tão de
perto que nem os carrinhos nos deixaram capotar!
E o pior de tudo é que já passou este tempo todo, e, até hoje, ainda
não descobrimos como fazer o tal do alecrim dourado! O Enzo sugeriu que
talvez se a gente fritasse, igual batata, desse certo. Queríamos tentar.
Mas eu acho que tão cedo não nos deixam chegar perto de uma cozinha
novamente...
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