sexta-feira, 31 de maio de 2013
Era uma vez um lindo zoológico onde todos os animais eram muito amigos.
Elefante, urso, leão, girafa, macaco... todos eram bons companheiros e
se davam muito bem. Exatamente no centro do zoológico ficava uma grande
área verde, com arbustos delimitando-a, onde morava Nara, a girafa. E
justamente por ser num lugar tão bem situado é que quase todas as festas
da bicharada aconteciam na casa da Nara.

Acontece que nem sempre gente acha o que bicho acha. E acaba, muitas
vezes, atrapalhando querendo ajudar. O dono do zoológico, um senhor
barrigudo de bigodes compridos chamado Seu Ferdinando, achava que Nara
se sentia muito sozinha. Todos os outros animais viviam em pares e a
girafa ficava isolada em sua área – quer dizer,
assim ele pensava. Como disse, ela nunca ficava sozinha porque quando o
zoológico fechava, seus amigos iam para lá ficar com ela.
Um
dia, Seu Ferdinando soube de uma girafa que vivia, também sozinha, em
uma cidade perto dali. Então ele foi até lá, explicou o caso, tomou suas
medidas e pronto: voltou anunciando.
- Nara, Narinha, adivinha só! Te arranjei uma amiga e agora você não ficará mais sozinha!
Nara sorriu. Gostava muito do Seu Ferdinando, que a tratava com tanto
carinho. 'Ele deve ter me arranjado uma amiga bem bacana, pensou', e
ficou ansiosa esperando sua companheira chegar.
No dia marcado, ela chegou. Frida, a nova girafa, era diferente de Nara
em tudo. Era pouco maior, mas tinha o pescoço bem mais comprido. Isto
porque Frida se esticava toda. Vivia empinada.
- Olá, que bom que você veio ficar comigo! - disse Nara ao recebê-la.
- Eu vim para atrair o público, queridinha! Pelo jeito, sua aparição não estava dando conta de entreter as gentes.
E já daí todos viram que Frida era mesmo um tanto empoada. E tudo o que ela fazia mostrava isto.
Frida, de cara, proibiu as festas. Não fez amizade com ninguém, e achava um absurdo Nara ser amiga dos outros animais:
- Onde já se viu uma girafa, do alto de sua compostura, dando atenção para seres pequenos e rastejantes?
Nara percebeu que
Frida era mesmo uma girafa de temperamento difícil. Mas, sendo ela tão
gentil, tratava bem sua companheira. Em pouco tempo, Frida começou a
gostar de Nara. Mas só dela, não queria saber de mais ninguém do
zoológico.
Um dia, Arthur, o urso pardo, resolveu fazer uma festança para
comemorar seu aniversário. Arthur tinha a segunda maior casa do
zoológico, e todos os animais se animaram em poder voltar a comemorar.
Cada um se ofereceu para levar algo, os macacos separaram seus pandeiros
e todos ficaram numa felicidade danada. A farra ia ser boa mesmo!
Nara fez de tudo para convencer Frida a ir à festa, mas ela não quis
nem ouvir. Então, no dia combinado, todos os animais do zoológico foram
para a casa do Arthur. Todos, menos Frida.
E foi então que aconteceu. Frida, sozinha pela primeira vez desde que
chegara à sua nova morada, resolveu relaxar. Sentou, cruzou as pernas e
começou uma meditação que aprendera há muitos anos, com um urso panda
que conhecera. Foi ela começar a meditação que... crec! Deu um jeito no pescoço!
Todos estavam na festa e Frida ficou lá, sozinha, toda dolorida. Seu
lindo pescoço alongado estava parecendo retorcido. Frida estava com
torcicolo!
Nos dias seguintes, Nara fez de tudo para ajudar a amiga, mas não teve
jeito. Frida passou a andar com o pescoço quase arrastando no chão, o
que era muito ruim para ela. E, às vezes, uma coisa ruim traz frutos
muito bom. E foi exatamente isto que aconteceu com a Frida.
Porque andava com o pescoço junto ao chão, Frida conheceu as formigas.
Começou a conversar com elas, gostar do que elas lhe diziam. Logo se
tornaram amigas. Quando o pescoço melhorou um pouco e Frida conseguiu
levantá-lo um bocadinho, Frida conheceu os felinos. E percebeu como eram
criaturas interessantes. Em questão de dias, eram velhos amigos. E
assim foi que, cada vez que Frida levantava um pouco o pescoço, conhecia
e tornava-se amiga de um animal diferente. Até que, ao final de um mês,
Frida estava curada. Seu pescoço ficou bom e ela estava novamente toda
empinada.
Ao ver sua companheira novamente tão empoada, Nara teve dúvida. E quis logo saber:
- Então, Frida, e agora?
- Agora, o que?
- Agora que você está de volta ao alto de sua compostura. Vai ou não falar com os outros animais? Aqueles que você diz serem pequenos e rastejantes?
Frida sorriu. E respondeu à Nara:
- Nara, aprendi minha lição. Tinha o pescoço tão alongado que só enxergava você, que estava ao meu lado. Foi preciso torcer o pescoço para enxergar os outros. E agora, os conheço. E vejo que são iguais a mim, mesmo sendo tão diferentes. Fiz grandes amigos e quero tê-los em minha vdia para sempre!
E foi então que a vida naquele zoológico voltou a ser uma festa sem
fim. Todos os dias, depois que as gentes saíam, iam todos os animais
para a casa da Nara e Frida. Batiam papo, dançavam, riam e riam sem
parar.
Nara gostou muito da mudança da amiga. Quando lhe perguntavam o que tinha acontecido, ela ria

- A vida é assim, a gente vê o que quer. E às vezes é preciso ter um torcicolo para dar uma sacudida e enxergarmos as coisas de verdade, vermos todos do jeitinho que são. Todos diferentes, e iguais ainda assim. Porque quem quer só ver os seus, perde a chance de conhecer gente nova. E de fazer grandes e bons amigos...
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