quarta-feira, 19 de junho de 2013
Amarildo, o peixe, nadava pelo rio sua nadada diária como fazia toda manhã, pois era um peixe que se preocupava sempre em melhorar sua qualidade de vida e sabia que exercícios sempre lhe fazia bem.
 
Foi em uma dessas manhãs que Amarildo, já no auge da malhação, deparou-se com o que ele diria ser a luz de sua vida!
Ela era linda aos olhos de Amarildo. Magra, esguia, porém sem perder as curvas, bailava a sua frente como o convidando a mais bela dança.
Amarildo, esportista que era, logo saiu dançando na frente daquele ser que tão rapidamente lhe roubou o coração e foi logo lhe mostrando os músculos escamados de peixe que cultivava com tanto orgulho e apreço.
Sim, Amarildo era um peixe que se amava. Perdia horas na frente dos espelhos d’água apreciando sua aparência, aliás, ficava mesmo era namorando sua imagem.
Os outros peixes viviam dizendo que um dia Amarildo se perderia pela própria vaidade, mas o vaidoso não lhes dava ouvido e dizia que falavam isso porque tinha inveja de sua beleza.
Mas naquela manhã, lá estava Amarildo, esquecido de si e simplesmente hipnotizado por aquela que com certeza, seria a mãe de seus peixinhos.
 
E pensando assim, Amarildo foi se aproximando cada vez mais de seu amor e quanto mais se aproximava, mais aumentava os sonhos.
 
 
Sonhava a casa no rio onde a levaria para morar, a academia que lhe daria de presente de casamento, as nadadas pelo rio que dariam juntos, quem sabe até não nadariam até outros rios?
 
 
Ah! Quantos sonhos não sonhava Amarildo... Até que enfim conseguiu tocar o corpo de sua amada. Pobre Amarildo, mal sabia que aquele amor traria sua morte...
 
 
 

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