quinta-feira, 13 de dezembro de 2012
Era uma vez, numa grande cidade, uma linda menina muito pobre, que ganhava a vida vendendo caixas de fósforos para ajudar o pai. Numa noite, véspera de Natal, com a neve caindo abundantemente, a pequena vendedora vagava pelas ruas afundando seus pés descalços e roxos de frio. Nas mãos geladas levava as caixinhas de fósforos. Dentro das casas aquecidas, as famílias cantavam ao pé das árvores de natal repletas de presentes. E o cheiro dos assados quentinhos espalhava-se pelas ruas. Ninguém queria comprar seus fósforos... Muito cansada, sentou-se em um canto e lembrou-se das bonitas fábulas que sua doce mãezinha contava-lhe enquanto a fazia ninar em seus braços quentes. O frio aumentava. Com lágrimas nos olhos, olhou as caixinhas de fósforos. Se acendesse apenas um para aquecer as mãos, o pai talvez não notasse. Pegou um fósforo e riscou. Uma chama quente e luminosa brilhou. Para ela parecia o calor de um grande fogão de lenha bem ali perto. Pegou outro fósforo e riscou... Diante dela surgiu uma mesa posta com porcelanas e um delicioso peru assado, recheado com ameixas e maçãs, que exalava um cheiro maravilhoso.   Quando estendeu a mão, a chama apagou-se e tudo desapareceu. Só a neve caía diante dela. Acendeu um terceiro fósforo. Agora parecia estar sentada junto a uma enorme árvore de natal, em que milhares de bolas coloridas e estrelinhas cintilavam. De repente, a chama tremeu, o fósforo apagou e tudo desapareceu. A menina riscou mais um fósforo e lembrou-se de sua avó, que sempre a tratara com ternura. Mas o fósforo apagou-se, e a imagem desfez-se, o frio aumentava, então, acendeu todos os fósforos que ainda restavam, e, à sua volta, tudo brilhou. E seus olhos brilharam ao ver dois braços estendidos em sua direção. Quando acordou, estava em uma cama bem quentinha. Todos olhavam para ela com muito amor. Agora tinha uma família que a adotara. Agora naquele lar, o amor tinha acendido uma nova chama, que nunca irá se apagar. 

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