domingo, 16 de junho de 2013

Ele não gostava do lago. Lá era tudo muito escuro, escuro que nem breu, e Pixote morria de medo do escuro.

  Toda hora ele ia até a margem do lago. Botava a cabeça pra fora e achava tudo lindo.
 

Céu azul, grama,  sol. Flores para todo lado. criança, gato, cachorro, e era tão colorido, tão alegre, tão claro!
 
Pixote queria morar na grama entre as árvores. Ele ficava um tempo na margem do lago, mas tinha de voltar pra água para respirar. Para não morrer.

 
Pixote começava a nadar de novo, no meio do lago. Era uma escuridão sem fim, uma feiúra sem fim, uma tristeza sem fim.
 
E a vida de Pixote era assim.  Da água  para margem e da margem para a água.  Sempre sozinho, cheio  de medo,  infeliz da vida.

  Um dia, Pixote  estava nadando e olhando os outros peixes.
 
Eles brincavam, contentes nas águas claras  do lago. De repente, Pixote pensou:
  - Ué! Outros peixes?

Águas claras? O que aconteceu?
  - Será que  vim parar em outro lago sem saber?  perguntava  Pixote.

  E olhava para todo lado e via um monte de coisas novas, via pedras de todos os tamanhos, de todas as cores.
E plantas aquáticas, sapos, rãs. 
Até sapatos velhos e brinquedos de crianças tinha lá!
 

E era tudo tão lindo!  A água meio azulada, cheia de claros e escuros, cheia de brilhos.  Uma beleza mesmo.

  Pixote olhava e ria. Cadê a escuridão? Cadê o medo? Pixote estava era contente, feliz da vida.
 


De repente Pixote descobriu que tinha  acontecido, e começou a rir.
 
- Eu sou mesmo um pateta! Ficava  nadando pra lá e pra  cá, morrendo  de medo do escuro...
  - Lógico! eu só nadava de olhos fechados!
                           

Essa história foi enviada pela Vanessa

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